Onde estarão os Mestres com quem tanto aprendi? Onde andarão os parceiros com os quais partilhei essa aprendizagem?

Alguns continuam aqui e acolá, o Daniel Toutain, Luís Fernando, José Miranda, Jean Luc Boisseau, Jim Corn, José Manuel Araújo, Juan, Kline, Ben Cem Gencoglu estão ainda todos ali entre um dia, uma semana ou meses de intervalo. Reencontramos-nos sempre para continuar um troço do caminho.

Outros perdi-os de vista. Recordo por vezes alguns... Patricia Guerrri, Christian Tissier, Yang Jim Ming, Tristão da Cunha, Evan Pantazi, Kobayashi, Hitohira Saito, Eric Savalli, Martinez Barrera, o Luís, o Jorge, o Paulo, o João, a Ana...

Quem estará no horizonte, por conhecer? Alguns deles, eu sei quem são...

Os anos passam. Anos ou dias... iguais, com ligeiras diferenças. Com os dias essas ligeiras diferenças oferecem o doce amargo. Com os anos vêem-se se as diferenças diárias foram ligeiras ou maiores, bem maiores do que se imagina.

O mundo hoje é grande, cheio, rico, vivo, com uma oferta de possibilidades estonteantes. Mas a dado passo regressamos ao mesmo. A nós próprios. Somos sempre os mesmos. Com algumas diferenças. Ligeiras.

No fim da vida veremos, se essas diferenças foram tão pequenas assim. E o mundo saberá, quando uma vez ausentes dele estivermos, a diferença que fez, a nossa presença.

Diferença amarga ou doce?

... e que melhor forma de recomeçar do que com o meu filho, 6 anitos, cinto amarelo, no encontro em finais de 2012 do dia mundial contra o abuso das crianças, festejado com uma demonstração de aikido na escola preparatória em Évora?...  é o futuro mas também o presente, pois sem ele (e a minha filha) o dia a dia seria totalmente diferente. Mais calmo certamente, mas menos alegre, menos desafiador.

Muitos meses passaram desde o meu último post. Muitos treinos, muito facebook, muitos sites feitos e desfeitos, muitas caras conhecidas ou nem tanto assim, muitos amigos, algumas vidas, muita crise, muito "bom senso que emigrou" como reconheceu o P.R. recentemente mas não se reconheceu, muito mundo virado ao avesso, muito pouco bom senso, muito ego a passar como a corrente de um rio. Por ser onde o rio é mais profundo que ele menos se deixa escutar... deixemos isso tudo no local a que pertence, para trás das costas, no passado. O caminho faz-se a partir do momento onde estamos. Com quem o quer continuar, com quem quer chegar ao mesmo destino e não andar às voltas do seu próprio umbigo.

Tentei rodeios, experimentei aceitar que o mundo é de todos. Mas ele não o é. O mundo é só nosso, porque nascemos e morremos sózinhos. O Universo esse sim é de todos. Pé ante pé rumemos em direcção a Ele. Sem olhar para trás, mas pressentindo quem lá ficou.