2009/02/23

O JUJUTSU

Breve História do JuJutsu

Levado à letra, Jujutsu significa a arte da flexibilidade, adaptabilidade.'Ju' significa gentil, flexível, adaptável, 'jutsu' significa arte.
Uma definição possível será designar o Jujutsu como a arte da adaptação flexível. No Jujutsu, o estudante vê-se na necessidade de ceder ou fluir com o ataque, ao mesmo tempo que pode oferecer resistência momentânea de forma a quebrar o equilíbrio do atacante, numa sensibilidade para estes pormenores só atingida por anos de treino. O verdadeiro Jujutsu é o que consegue o máximo efeito com o mínimo de esforço.

Ao contrário das outras artes marciais, o Jujutsu não tem uma fácil observação ao longo da História, se procurarmos por uma visão organizada, estruturada. Apesar de o Jujutsu ser um dos mais antigos sistemas marciais em forma de arte, as suas ramificações, a sua longevidade, apesar de registadas fidedignamente em documentos históricos inquestionáveis, não deixa de ser muito difícil rastrear uma visão de conjunto porque se espraia pela História e pela prolífera variação de estilos, escolas, filosofias, de uma forma impressionante, que qualquer tentativa de unificação e definição peca sempre por escassa. Não que não seja possível, mas porque será sempre aquém do que se passou na realidade, até porque muito se perdeu na noite dos tempos.É fácil remontar às origens de uma arte marcial, quando ela provém de uma simples fonte. No caso do Jujutsu, por causa da sua longevidade, do seu carácter seminal, o próprio Jujutsu é a fonte, que por sua vez tem a montante outras formas, outras fontes, para sempre perdidas, por não estarem documentadas.

O Jujutsu é a arte marcial nuclear mais antiga, documentada.Temos testemunhos da sua existência que remontam até 2500 anos atrás. Indicadores apontam para que no início, o Jujutsu foi desenvolvido pelas classes baixas da população que se via envolvida na guerra, e que sem meios para comprar armas e armaduras teve de desenvolver um corpo de técnicas eficientes que possibilitasse a manutenção da vida. Pouco depois o Jujutsu mercê da sua eficácia e também da interdição de um nobre ou superior desembainhar a katana para lutar com um subordinado da classe mais baixa, espalhou-se por todas as classes sociais, mas desde o início que está associado ao combate desarmado dos mais pobres, sem no entanto deixar de incorporar o combate com armas. Apesar de ser a arte do Samurai, encontramos antes de 750 A.C. registos de combate corpo a corpo marcial. Apesar de raramente o Samurai se encontrar desarmado, praticava a luta desarmada, e isto apesar de o Jujutsu também incorporar treino de armas. Está historicamente assente que o Jujutsu precede a instituição Samurai. Vários estudiosos apresentam estudos que traçam a origem do combate desarmado no Japão, fora do Japão. Seja a noção de que descende da antiga luta 'pancrácio' praticada na cultura grega das viagens de Alexandre, depois misturada com os sistemas indianos, levada para Shaolin nas viagens dos monges, seja a noção de que o Jujutsu é descendente de estilos de luta desarmada da China, como por exemplo o Shorinji Kenpo ( kempo na China). Outros estudos indicam o Jujutsu como descendente dos estilos de luta livre autóctones do Japão. Seja qual for a origem, o Jujutsu mercê da sua eficácia torna-se a arte de elite eleita pelos samurais, na instituição da ordem e pacificação do Japão.

A idade média japonesa vê florescer o Jujutsu, não apenas a um nível técnico onde as escolas – ryu – se multiplicam exponencialmente, mas acima de tudo, a um nível filosófico, com especial ênfase na componente ética e metafísica, por causa da idiossincrasia religiosa do povo do Sol Nascente.Assim o Jujutsu é a esteira nuclear do Bushido, a via do guerreiro, e do Budo, a via marcial.Apesar da brutalidade de algumas das suas técnicas, o Jujutsu actual foi modelado na era Edo (1603-1868) na medida em que a estratégia de guerra muda diminuindo a necessidade de exércitos com grande número de infantaria, e também porque ao ser proibido o duelo até à morte em tempo de paz, a dureza e violência das técnicas diminui também, começando-se desenvolver capacidade de controlar ou desabilitar o adversário utilizando métodos não violentos.O Jujutsu é uma arte seminal, significando isto que é uma arte de onde outras derivam. Temos o caso do Judo, Aikido e Karate-do.

Temos também o caso do Jiujitsu brasileiro que é descendente directo do Judo, e que cobre pequena parte de todo o programa técnico do Jujutsu tradicional japonês, e que foi introduzido no Brasil por um mestre Japonês de nome Mitsuyo Maeda em 1917. Desde aí foi desenvolvido e tornado popular através dos combates de vale tudo, e ganha a notoriedade que lhe reconhecemos mediaticamente hoje. Estas artes germinaram, fundamentalmente devido a três factores :
A modernização do Japão e a consequente ocidentalização das instituições torna obsoleto o treino marcial e com ele a instituição Samurai, a arte marcial transforma-se em desporto;
A complexidade do Jujutsu, fez proliferar uma miríade de escolas ou estilos–ryu-, e no entanto, não permitiu uma sistematização ou corpo doutrinário e técnico, que só foi estabelecido com o desmembrar em várias artes ou 'do';

Antes da modernização nipónica, o Jujutsu começa a ganhar má fama devido aos praticantes e escolas envolverem-se frequentemente em combates e acções violentas, decorrentes da adesão ao Jujutsu por causa da sua eficácia, e pondo de lado a sua importante vertente filosófica, ética.
O que leva o Imperador a assentar o Judo como arte de eleição e a 'expulsar' todos os mestres de Jujutsu tradicional, que do Japão se fixaram em outros países.O Jujutsu ganha má fama, porque por um lado é visto como a arte anacrónica dos samurais, por outro porque o perder de importância desta instituição faz com que as escolas tenham de se abrir a todo o tipo de pessoas, e muitas delas sem as melhores intenções, e assim decai na altura o Jujutsu para uma arte de arruaceiros, violenta, e prestes a extinguir-se, não fosse o caso de ter surgido Jigoro Kano.

O Jujutsu na sua mais pura forma, não é nem pode ser um desporto. Na sua mais pura forma física é violência cirúrgica. No entanto quer a sua filosofia, quer a sua metodologia de treino reduzem as lesões ao máximo, tornando-o uma das mais seguras disciplinas de combate marcial devido ao respeito pelo parceiro de treino. Até aos anos 50 do século passado, o Jujutsu era a arte escolhida para forças policiais e militares de todo o mundo. O 'aparecimento' de outras disciplinas e a força de 'marketing' das mesmas, fez com que se tenham tomado outras escolhas, sempre sob a designação de 'mais modernas e eficazes'. O Jujutsu é então uma arte marcial japonesa que utiliza golpes nas articulações, como torções de braço, tornozelo e estrangulamentos, para imobilizar o oponente incluindo também quedas, golpes traumáticos e defesas pessoais, como saídas de gravata, esquivas, projecções, treino de armas tradicionais japonesas, etc. , onde tem como filosofia a máxima eficácia, seja na adaptação ao ataque, seja na utilização mínima possível da força para obter o melhor resultado, seja este o dano, a distracção ou dominação. É uma arte marcial muito completa e muito simples, e é aí que reside sua complexidade. O Jujutsu não é um desporto, como o Judo ou a luta livre, e a sua metodologia de treino está vocacionada para a defesa pessoal. Existem competições de Jujutsu, recentes, e viradas para o espectáculo, mas que nada terão a ver com o Jujutsu clássico e tradicional.


Graças ao seu carácter tradicionalista, esta arte traça uma ligação nítida ao país de origem, pelo que estudar Jujutsu implica aprender também sobre o Japão, sua cultura, História e tradições. Esteticamente, e simplificando em demasia, podemos ver no Jujutsu as projecções do Judo, movimentação e estratégia de movimento do Aikido, e o golpear do Karate. Com isto não estamos a dizer que a combinação destas disciplinas forma o Jujutsu. Não só foram concebidas como corpo autónomo, como ganharam lugar próprio nas artes marciais e desporto, mercê de desenvolvimento técnico e doutrinário independente e igualmente 'válido'.No entanto, o Jujutsu não deixa de ser a raiz destas respeitáveis artes, complementos (tal como o Jujutsu) e nunca derivações do verdadeiro espírito do Budo.

A Federação Portuguesa de Jujutsu e Disciplinas Associadas, tem mantido esta tradição viva, seja através da acção de apoio à formação, seja da representação que faz da modalidade, a nível nacional e a nível internacional.

Disciplinas associadasTerapêuticas:

Shiatsu – É uma técnica de massagem japonesa, de origem chinesa, que trabalha com pressão dos dedos os meridianos energéticos do corpo humano.


Seitai – É uma antiga técnica japonesa de manipulação da coluna vertebral e demais articulações.


Kuatsu – Arte japonesa da reanimação;
Marciais:

Kobudo – Caminho, via marcial antiga, que se caracteriza pelo estudo de armas antigas e não convencionais (Nunchakus, etc.)

Kobujutsu – Arte antecessora do Kobudo, oriunda da província de Okinawa, elaborada pelos camponeses autóctones.

Taijutsu – Antigamente era sinónimo de Jujutsu, mais recentemente introduzido em França por Roland Hernaez, que se cinde em Taijutsu e Nihon Taijutsu, sem no entanto se criarem alterações tão acentuadas que neguem o carácter do Jujutsu tradicional.

Actualmente o nosso núcleo de Nihon Taijutsu, único em Portugal, encontra-se em funcionamento no dojo de Matosinhos.
Em Portugal a introdução das artes marciais japonesas em Portugal começa na mais antiga Associação de artes marciais do país, a União Portuguesa de Budo, fundada pelo Mestre António Hilmar Schalck Corrêa Pereira, (iniciado no Jujutsu na década de 30 em Berlim), no entanto anteriores tentativas por Mestres japoneses (Hirano e Raku) de Jujutsu ocorreram, mas de forma esporádica. Apesar de ser praticante de Jujutsu, o Mestre Corrêa Pereira é responsável pela introdução em Portugal do Karaté e do Judo. Aluno, estudante na União Portuguesa de Budo, praticante há mais de 30 anos, o Mestre Luís Fernando, 7º Dan de Jujutsu, Mestre de Judo, Instrutor do Corpo de Intervenção da PSP, é o mais graduado Mestre de Jujutsu em Portugal, e um dos mais antigos praticantes, e muito tem feito pela preservação e projecção desta arte milenar. Nomeadamente mais de 30 anos de ensino, promoção de estágios internacionais e criação da Federação Portuguesa de Jujutsu e Disciplinas Associadas.

2009/02/22

MORIHIRO SAITO SENSEI

Dado que na minha prática de aikido, sempre permaneci aluno de Mestres que se guiam pelos ensinamentos directos de Morihiro Saito, conhecido através do chamado Ywama Ryu ou Style, devo-lhe aqui (sem qualquer sombra de desrespeito por outros caminhos da Via, até porque tenho ido e tenciono continuar a participar em estágios de diferentes professores/escolas), uma justa referência.


Morihei Ueshiba






e Morihiro Saito






em 1955




Morihiro Saito
31 de Março 1928 - 13 de Maio de 2002.


Grande Mestre de Aikido, principal aluno do Fundador do Aikido Morihei Useshiba. Começou o seu treino em 1946 no dojo privado do fundador, em Iwama. Serviu o fundador do Aikido à forma antiga, chegando inclusive a casar-se através de um casamento arranjado pelo Fundador. Devido à forma como o serviu, Morihei Ueshiba deu-lhe uns terrenos da sua quinta onde construiu uma casa para o seu aluno, mesmo em frente ao Templo do Aikido Aiki Jinja.
Após a morte do Fundador, Morihiro Saito tornou-se no dojo cho (reitor) do dojo do Fundador e Guardião do Templo do Aikido, por vontade deste. Manteve esta posição até à sua morte em Maio de 2002, vítima de cancro dos ossos.
Ao longo da sua vida de mais de 50 anos de prática continua de Aikido, sempre teve uma posição muito dura no que respeita à prática do Aikido, nunca aceitando as modificações feitas pela organização Aikikai, ao Aikido de seu mestre Morihei Ueshiba.
Através dos anos, o estilo tradicional que preservara com tanta dedicação começa a ser conhecido primeiramente como Iwama Style e depois como Iwama Ryu. De forma a não colidir ainda mais com o Aikikai, cria nos anos 90 um sistema de graduação específico para as armas do Aikido, que a ele só foram transmitidas pelo fundador desta arte.
Foi o único mestre a preservar as técnicas de taijutsu e bukiwaza do fundador do aikido. Desde cedo, educou o seu filho Hitohiro Saito, para o suceder como guardião das técnicas de seu mestre Ueshiba.

Foi o autor dos livros Traditional Aikido (volumes de I a V)(1974), onde pela primeira vez é apresentado o aikido originário do Fundador. Mais tarde publica 5 volumes de uma obra intitulada Takemusu Aikido. Contudo, esta obra fica incompleta, pois não chegou a publicar os volumes sobre as armas do Aikido. Foi também autor de cinco 7 filmes super 8 de Aikido (mais tarde transferidos para vídeo) e de inúmeros videos.

Morihito com o seu filho Hitohiro



Durante anos viajou por todo o mundo tentando difundir o Aikido originário de Morihei Ueshiba, tendo sido bem sucedido, apesar de nunca ter formado uma organização.
Criou o termo Ken Jo Taijutsu Riai ou seja a União das verdades do sabre, do pau e das técnicas de corpo a corpo.
Conhecido por ser um mestre extremamente rigoroso e meticuloso sempre exigiu um execução perfeita das técnicas de base tanto de armas como de taijutsu.
O seu carácter jovial e a sua natural habilidade para ensinar, atrairam, ao longo dos anos a Iwama, milhares de alunos que ali ficaram como uchi deshi, no dojo do Fundador Morihei Ueshiba.
Em Iwama, compartia a sua vida com os seus alunos e família que sempre esteve envolvida no desenvolvimento do aikido e sempre o apoiou. Gostava de cozinhar e fazia-o constantemente oferecendo refeições sumptuosas tradicionais, aos seus alunos. Além da cozinha dedicava-se à agricultura e jardinagem tipo japonesa. Até aos últimos momentos nunca se cansou de trabalhar na quinta de seu mestre, mantendo os jardins, as florestas do templo e as hortas em primoroso estado.
Depois da sua morte, é sucedido por seu filho Hitohiro Saito que mais tarde, devido a uma decisão da organização aikido de não permitir o ensino do aikido tradicional do fundador no seu dojo, separa-se para formar Iwama Shin Shin Aiki Shuren Kai, organização que tem com objecto de preservar o aikido originário do fundador e os ensinamentos de Saito Sensei.
(Retirado de "http://pt.wikipedia.org/wiki/Morihiro_Saito")




Diga-se de passagem, que desta cisão surgiram outras, como por exemplo a de Ulf Evenas e de Paolo Corallini que decidiram permanecer no quadro da Aikikai, formando a partir desta estrutura uma outra autónoma a T.A.K. (Takemusu Aikido Kyokai), agrupando muitos dos alunos de Morihiro Saito na Europa.




Outros professores seus antigos uchideshi, não esperaram por cisões posteriores ao seu falecimento, e já haviam fundado um ensinamento separado, embora sempre fiel à imagem e escola de Ywama de Saito Sensei, como é o caso da AIKIBUKIKAI de Patricia Guerri, em Paris, França.


Pat Guerri




Segue-se uma entrevista a Morihiro Saito, realizada em 1991 por Stanley Pranin editor do Aikido Journal.



Aiki Shrine guardian, Morihiro Saito, began training with Morihei Ueshiba at Iwama in 1946 at the age of 18. During his years as uchideshi, Saito Sensei learned jo and sword techniques directly from the founder. In this interview, conducted in March 1991, Saito Sensei talks about his experiences with O-Sensei, his early days at the Aikikai, his own dojo and his training methods.




-Editor: Not many of our readers know that you taught as a shihan at the Aikikai in Tokyo for a long time. Would you tell us some of your memories of that period?


-Morihiro Saito: I taught at the Aikikai once a week except for a period in 1961 when Ueshiba Sensei went to Hawaii with Nobuyoshi Tamura. We were short-handed in Tokyo, so I taught twice a week during their absence. Apart from that I mainly taught on Sundays.


-During your Sunday classes you taught ken and jo after taijutsu practice, didn't you?


-Yes, with O-Sensei's approval, I taught weapons techniques for the last 15 minutes of practice.


-Was the present sanjuichi-jo (31-movement jo kata) finalized before O-Sensei's death?


-Yes, by the time I learned it the kata was already complete, but when Koichi Tohei Sensei [presently head of Shinshin Toitsu Aikido] came to practice in Iwama it had not yet been perfected. What he learned was different from what I learned, probably because O-Sensei's way of instructing was not yet fully developed. When I learned under O-Sensei his teachings included all of the weapons techniques including the kumitachi. At one stage, there was no one left in Iwama except me, so I trained with O-Sensei by myself. His teaching gradually became more elaborate.


-Did you teach the kumijo in Tokyo?


-Not really, except to a few people in odd places such as on the rooftops of buildings. I used to teach the jo as a 27 or 28-movement form, but ended up with the 31-movement form as I found this was easier for students to understand. Just as my aikido has come to be called "Iwama-style," the "sanjuichi-jo" name that I gave to this kata has stuck.
-What should aikidoka from overseas do if they want to come to Iwama to practice?
-They should get a letter of introduction from someone. Then they need to stay for at least 10 days. If they are not from a dojo directly affiliated with us, it would be difficult to learn anything during a one-week visit and such people may leave our dojo without understanding anything and speak ill of us. For my own students one week is enough but for a person from a different school a minimum stay of 10 days is necessary. Anything less could be counterproductive.
Take the case of the Japanese university students who come to Iwama to train during their summer vacation. Their hips are not trained properly at all, so I have to correct their hip movements every morning during weapons training. They finally begin to use their hips correctly around a week before they leave, just when I am about to give up on them. It takes them three weeks to grasp this basic point. Even in ten days it is not easy, but those who come to Iwama from abroad are fine people and train hard.
-How do the uchideshis in Iwama spend their time?
-The dojo grounds are quite extensive and cannot all be cleaned at once. When they get up in the morning they first clean their own rooms, then the practice area, and then they sweep carefully in front of the shrine. The grass has to be mowed in the summer, so they sometimes help me with the power mower. It would be impossible for me to keep the place clean all by myself so the students naturally help with the cleaning. As a result of their efforts the shrine is always kept clean. Without this work their lives would be more comfortable, but they are all patient, fine people and there have been no objections.
-Do you still teach weapons techniques every morning?
-Yes, I do. Students also do free practice. There is plenty of space in the new dojo so they are free to practice kata. I am pleased that overseas students enjoy practicing in the new dojo, but we still regard the original dojo as the main one, and train there for preference whenever possible.
-Training camps (gasshuku) have been held at the Iwama dojo for many years haven't they?
-We have had them ever since O-Sensei's days. He was always pleased when he heard that a training camp was to be held. To prepare for these camps we used to make our own futon (bedding). Each night after practice we would sew futon covers and stuff them with cotton.
-I am surprised to hear that you had to do such things! How many schools participate in your training camps now?
-We have Hirosaki University from Aomori Prefecture and Tohoku Women's University, both from Northern Japan, Tokushima University from Shikoku, and others such as Osaka Prefectural University, Iwate University, Tohoku University, Tohoku Gakuin University, Miyagi Prefectural University of Education, Kanagawa University and Nihon University. Since they all come at the same time, in March, it is hard to accommodate them all.
-Are these combined training camps?
-Yes, when the clubs are under the same shihan. For example, when Aichi Medical University holds a training camp, Kanagawa University will also participate.
Aiki Shrine in Iwama, c. 1988
- You first went abroad to instruct in 1974 and since then you have traveled almost every year, perhaps more than any other shihan?
-There are many invitations I can't refuse, although I only visit dojos operated by my own students. But these days I try to stay here as much as possible because of the number of students here and for the sake of those who visit Iwama to study.
Historically, I think aikido developed from situations where a samurai could not use his sword. -
-Some critics say aikido won't work against modern fighting systems like karate. What do you think?
-Aikido includes tanto dori (short sword taking), tachi dori (sword taking), and jo dori (jo-taking). During such techniques, if you allow the blade of a weapon even to touch your body you could be killed, whereas a punch or kick will not kill you unless it strikes a vital point. A sword need only make slight contact to seriously injure or kill; yet we practice how to defend against the sword with our bare hands. If we always bear this in mind it is valuable training.
-Do you think that aikido without atemi can be effective against a strong attack?
-Aikido includes atemi, although of course training is not the same as reality so we do not apply atemi fully in the dojo. In taijutsu, atemi is a vital element that we emphasize in our dojo.
It has been my experience that atemi is not taught in many aikido dojos today, but in his films we see that O-Sensei often used atemi.
Aikido is now being taught in many different ways, and it is good to learn from different teachers. We should not forbid students to go to other teachers. There are some shihan who make a fuss about this but I think they are mistaken.
-In aikido atemi is used against attacks with a weapon, so do you think that it is desirable for aikidoka to learn how to cope with karate kicks now that karate-like attacks are often used?
-Yes, I think they should. It's not something to be avoided. There are many basic techniques, which can enable us to cope with karate, such as tsuki and yokomenuchi.
A group established by some of my students does a form of defense against karate attacks, which is quite interesting. A man with a 4thdan in both aikido and judo dodges the karate attacks and steps in to throw or pin his attacker in a splendid performance of aikido techniques. I would also recommend plenty of practice of such techniques as yokomenuchi and tachi dori.

-You place strong emphasis on weapons and base your teaching on the principles of the sword. What do you think of the present situation elsewhere in aikido?
-I don't know any aikido other than O-Sensei's. I was taught by O-Sensei from the age of 18 to 41 and served him in the same way as a live-in student, so I don't know any other teacher. Many shihan create new techniques and I think this is a wonderful thing, but after analyzing these techniques I am still convinced no one can surpass O-Sensei. I think it is best to follow the forms he left us.
These days people are inclined to go their own way, but as long as I am involved, I will continue to do the techniques and forms O-Sensei left us.


-You mentioned before that students fail to move their hips sufficiently. Could you explain in more detail about the importance of the hips in practice?
- The founder said that the key to effective hip work was in the legs, and the work of the brain depended on the arms. This means the hips cannot be stable unless the legs are steady. That is why I insist my students keep their back foot in line with the front foot when in hanmi. It is incorrect to move the back foot off that line. Although it may be okay to adopt a hanmi with the back foot close to the front leg, I think a hanmi where the legs are steady is best.
When you turn quickly to the rear keeping your front foot on the line, you should be able to recover your hanmi stance. But if your feet are not in line you will not be able to assume hanmi smoothly after turning 180 degrees without correcting the rear foot position. You will lose control and the motion will slow down. Recently I have placed great emphasis on hanmi even though perhaps it is not good to concentrate too much on this.
Whenever I notice awkward movements in students I find that their legs are positioned wrongly.

2009/02/19

Dep. JuJutsu do Takê Dojo, Seibukan




SEIBUKAN em Portugal



O centro de Artes Marciais do TAKÊ dojo, dispõe de vários departamentos (uns já em actividade e outros em embrião) onde podem co-existir diversas escolas ou estilos da mesma arte.


Assim combatemos todo o espírito maligno que pretende ver uma escola, mestre ou tendência como a melhor entre todas as outras. Seguimos na prática o mote do Versículo LXVIII do TAO TE CHING de Lo Tzu :


«O superior guerreiro governa sem temeridade, combate sem ódio, triunfa sem confronto.


Ele posiciona-se aquém e desenvolve o melhor nos seus homens.



Este é o timbre da “não comparação”, de aprender a trabalhar apenas as suas capacidades, em consonância com as leis divinas.



Eis uma passada prescrição, conduzindo à mestria».


É o exemplo do departamento de JuJutsu, cuja direcção é de Ulisses Rolim e que na foto vemos com KAWANO Hanshi, quando este mestre lhe concedeu a medalha do SEIBUKAN e o designou como SAIKO KOMON da ZEN NIHON DAI KOKUSAI NUDO KIOSUJO. Tornando neste caso o TAKÊ dojo através do seu Sensei Ulisses Rolim, o representante da SEIBUKAN para Portugal.

2009/02/17

O sentido esotérico do AMATSU NORITO


A Amatsu Norito é uma oração tradicional de carácter milenar entoada pelo povo japonês, principalmente dos seguidores xintoístas, ao longo do tempo.
Que voltem a se reunir no Taka Amahara* do homem
As energias divinas que estão dispersas
Em todas as direcções.
Que eu me fortaleça e purifique
Através destas energias.
Rogo para que Deus
Disperse as minhas máculas e impurezas.
E que seja feita a Vossa Vontade.
*Taka Amahara: “O melhor local de qualquer lugar", ou seja, "o mais puro, o mais sagrado.”
O fundador do Aikido Morihei Ueshiba O'Sensei entoava este cântico diariamente.

TAKÊ DOJO

Quinta Zen - Évora
Portugal

TAKÊ DOJO

O TAKÊ Dojo é um «Clube de Praticantes» reconhecido pelo Instituto do Desporto de Portugal I.P. e aí inscrito desde 31 de Março de 2008.

A sua via de Aikido é a do tradicional Iwama Ryu criado por Morihiro Saito segundo o ensinamento directo de O’Sensei Ueshiba, estando inscrito na AIR Academia de Aikido Iwama Ryu Portugal, e sendo o representante de Daniel Toutain Sensei e da Iwama Ryu International Academy em Portugal. O Kyusho Jitsu é integrado na Kyusho International de Evan Pantazi, encontrando-se inscrito na Federação Portuguesa de Jujutsu e Disciplinas Associadas no seio da qual também é treinado o Jujutsu e Aikijujutsu de Minoru Mochizuki. O Tai Chi Chuan é conduzido por uma aluna directa de Dr. Yang Jwing-Ming e Pascal Plée.


MEMBRO DA K.I.

MEMBRO DA K.I.
de EVAN PANTAZI

A QUINTA ZEN

A QUINTA ZEN
A QUINTA ZEN tem 10 hectares, situa-se apenas a 2 Km do centro histórico da cidade de Évora (Património Mundial da UNESCO), onde está situado o TAKÊ Dojo. As instalações, a piscina e toda a natureza envolvente, formam no seu conjunto um centro de artes marciais, onde se pratica Aikido, Kyusho, Ju Jutsu, Taijiquan e Meditação Zen.