Aprecio cada vez mais os treinos com a rotatividade dos Uke. Não nos habituamos ao mesmo corpo, à mesma força, à mesma escondida contra-técnica.
"Cada técnica só pode funcionar UMA vez" dizia Sasani Sensei, e este é um dos grandes princípios do Kokyû-Hô.
Com efeito cada acto de imobilização executado pelo Uke, só consegue ser franco pela primeira vez. Embora o possa continuar se for repetido mas do lado contrário (esquerda/direita). Depois responderá sempre, mesmo que inconscientemente, ou com uma energia e posicionamento contrariando aquilo que lhe sucedeu antes, ou com predisposição para facilitar.
Um ou o outro não ajudam o trabalho do Tori, obrigando-o a ligeiras alterações desvirtuando a essência da técnica (apenas em intensivo trabalho de Kokyu isso pode ser detectado), quando deveria sempre despoletar a técnica com o mesmo sentimento uno e virgem de "só ter uma chance".
Já repararam que, é raro os Tori e Uke trocarem palavras antes da primeira vez que se defrontam? Mas para os menos concetrados, muitas das vezes, ao repetirem o movimento ele é precedido por troca de observações, não é?
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