2009/03/31

KYUSHO em Évora


No próximo dia 18 de Abril (Sábado de manhã) pelas 10.00 horas no TAKÊ Dojo da Quinta Zen realizar-se-á pela primeira vez em Évora um treino de Kyusho/ Pontos Vitais.
Início às 10.00 H – Fim às 12.30 H
custos: 25€ / participante (tarifa internacional estipulada e obrigatória)
Organizado pelo TAKÊ DOJO e pela KYUSHO INTERNATIONAL (KI), o Instrutor (CI) João Ramalho vem a Évora dirigir uma sessão do currículo da KI.
O currículo geral compreende nove níveis:

1º Nível - Reanimações
2º Nível - Pontos de braços
3º Nível - Pontos da cabeça
4º Nível - Pontos do tronco
5º Nível - Pontos das pernas
6º Nível - "Take downs and controls"
7º Nível - "Grappling"
8º Nível - "Tuite"
9º Nível - Facas


Nesta sessão inicial transcorreremos do ponto 1 ao ponto 5, servindo de ampla introdução e permitindo que um Study Group do Takê Dojo possa emergir e treinar, possibilitando da próxima vez ao CI confirmar os nossos conhecimentos e avançar no extenso currículo.

2009/03/18


Porque motivo quando nos fóruns e blogues da Net se fala de Artes Marciais, argumentam a maioria das pessoas sobre coisas insignificantes e lerdas? Qual é o móbil das pessoas em preferir criticar as concepções dos outros, reprovando-as, em vez de conversar sobre os assuntos em concreto? E porque será que quase todos o fazem sobrevalorizando-se em relação ao próximo?
Chama-se EGO.

Essa predisposição mental egotista, vem demolindo o nosso relacionamento, estimulando a confusão na sociedade.
O Bruce Lee já apontava isso, reconhecendo que era algo de comum ao ser humano e no meio desportivo em particular – é muito fácil pensar em nós como super heróis, carregando sempre o ego do dojo para a rua e da rua para o dojo.
No Systema não existem graus, nem cinturões.
Não há sequências encadeadas tais como katas, taos, poomse etc…

O que subsiste são aplicações de princípios repetidos, permitindo criar e recriar a ligação entre o corpo e o espírito.
Assim sendo nenhum movimento acaba por ser uma repetição,
mas sim algo alterado, reajustado, reinserido.

E o que revela esse elo entre o espírito e o corpo?

A atenção,
a respiração,
a relaxação
a fluidez.

Consinta ao movimento acontecer naturalmente,
em vez de procurar provocá-lo.

Em função da primeira reacção a um ou vários ataques,
deixe que o corpo escolha o caminho da menor resistência.

Aqui não se esconde o medo,
ele serve entre outros para aperfeiçoar a energia, para viver o momento presente.
O que acabou de ler é de fácil compreensão analítica, surge evidente a qualquer leigo em A.M., quase parecendo ser mais uma banalidade. Na teoria...
A diferença no Systema reside no facto de o sistema ser cada um de nós, com aquilo que sabemos e aquilo que somos obrigados a desaprender, com os defeitos e talentos, a capacidade em nos readaptar na prática a situações reais (ou muito próximas) de uma rixa sem regras.
Não há desculpas, nem níveis, nem batotices... a resposta a " e podemos fazer isto?" é: "E porque não? Se funcionar..." - deste modo quem ganha, ganha sempre justamente. Porque não há regras, todos têm as mesmas armas, mas também todos dão e levam pancada.
Ou seja: todos "levam", até os instrutores.
A humildade desenvolve-se na certeza em levar uns murros na face, rebaixando o nosso ego - diz António Guerreiro Lampreia, instructor de Systema a residir no Canadá e aluno de Vasiliev.
Quem vai à guerra, dá e leva.

2009/03/03

Atémi... o que é isto?

A teoria do 8 ao 80 dos atémis no aikido
por A.B.

Sobre os atémis no aikido temos sempre diversos pontos de vista. Desde a opinião generalizada apresentando o atémi mais de feição a “distrair” o Uke, algo para o intimidar, não precisando portanto de ser um golpe rijo, mas sim um golpe relaxado, leve e rápido, apenas com o objectivo de coadjuvar a realização da técnica… até à concepção radical, que estes golpes teriam sido banidos da prática do aikido! Diz-se que segundo Kanai Sensei, O’Sensei teria feito esse pedido no seu leito de morte, será verdade?

Um facto é que Koichi Tohei Sensei na sua Ki Society, não permite atémis ao Tori, apenas o Uke está autorizado a fazê-lo sob forma de atacar o parceiro que por sua vez executará a técnica (embora haja películas onde Tohei Sensei usa o atémi! Talvez esta sua decisão, lhes seja posterior).

No entanto a maioria dos estudantes mais chegados a Morihei Ueshiba como Saito Sensei, Shioda Sensei, Saotome Sensei, Kuroiwa Sensei, Nishio Sensei, Hikistuchi Sensei, Chiba Sensei e o seu filho Kisshomaru Sensei todos eles incluem atémis nos seus aikido. E nos textos emanados de O’Sensei, o atémi tem um papel determinante, não só com as mãos como também com os cotovelos, dedos em pontos vitais ou rápidos pontapés. E qual é o cálculo, o peso destas pancadas?

No seu livro “Aikido Shugyo: hamony in confrontation” é Shioda Sensei a sublinhar que O'Sensei Ueshiba ensinava que, em caso de um confronto real o aikido teria 70% de atémis e 30% de projecções. E Saotome testemunha que O’Sensei afirmava que o atémi no aikido, está no coração da prática, ilustrando “se souberes que o atacante não te vais realmente bater, podes parar o seu ataque, senão…” indiciando também a necessidade de batimento, na acção defensiva do Uke… mas estaremos nós a falar de básicas pancadas, ou de algo mais específico?

Então o que significa realmente atémi? Nem aqui estamos certos. Encontrei duas traduções. A primeira que Atémi designa qualquer tipo de pancada, dada por qualquer parte do corpo do Tori em todas as partes do corpo humano, diferenciando-o das técnicas de roturas de juntas, músculos ou tendões, de agarros e imobilizações ou ainda de projecções. Mas também existe um outro sentido muito concreto para o termo Atémi (当て身) classificando-o como batimentos ou toque efectuados em pontos nevrálgicos, como os 365 pontos de pressão no sistema nervoso central do corpo humano. Ou seja, como sendo a tradução em japonês do termo chinês Dim Mak.
Se estes são os atémis do aikido (e que outros poderão ser?), pergunto-me quem está hoje instruído a ensinar estes atémis, e quem o tem feito nas suas aulas?

O ATÉMI na prática do Aikido

Aikido & the art of atemi


(por Phil Buck, Maio 2000)

Many people view Aikido as an art solely concerning itself with circular flowing joint locks, throws and pins. In fact, Aikido also contains methods of striking to the vital points of the human body, as can be seen through any examination of O-Sensei’s technique and his own roots within Daito Ryu Aikijujitsu. He considered striking arts or ‘atemi’ vital, as to him Aikido was nothing less than forging oneself into a literal sword of the soul – the human incarnation of the bushido blade.
At a technical level, atemi is used for three specific reasons in Aikido - to neutralise an opponent by attacking the weak centres of the body with focussed force; to control the opponent by using flowing strikes to create predictable exploitable reactions; and to distract an opponent with momentary pain while a complete technique is executed. But the question many ask of atemi relating to Aikido is not how or why, but should?
There have been a number of ethical arguments relating to the use of atemi within Aikido practice. Many modern Aikidoka feel that atemi defies the principles of harmony and universal love upon which Aikido is founded. But if this is the case why was O Sensei himself – even in his later years when he was a spiritually enlightened individual – such a strong proponent of their use? On one hand many (usually non-Aikidoka) point to the lack of atemi within many Aikido schools of today as an indicator of its lack of effectiveness as a true martial arts system, but in Japan both the Hombu and the Yoshinkan vigorously train in practical applications.Even so, there are those who argue that atemi is not Aikido. Certainly, the nature of harmony might preclude the use of such linear hammer blows as are found in Karate, yet in the flowing unending lines and circles drawn within Aikido movement, striking techniques with the various hand weapons become almost inevitable.
Consider the following:
1. Each atemi can flow into and out of every other Aikido technique in line with the concepts of the infinite circle and the dynamic sphere. Atemi occur so naturally within these harmonious natural motions that, executed well, they are as much a representation of O-Sensei’s philosophy of non-resistance as shihonage.
2. The essence of true atemi is that of lightning fast, penetrating power that is both strong yet flexible. It is thrown into its target with all possible speed powered by the hips and the control of one’s breath in much the same way as Aikido techniques themselves are powered.
3. The common thread of technique in Aikido is knowledge and understanding – controls and projections are applied to those parts of the body where there can be no resistance while atemi are delivered to the nerve cavities of the body - the places where there can be no resistance. The boundaries perceived by many in Aikido are not a result of Aikido itself, but of an individual’s understanding of it.
To say atemi are not Aikido is a nonsense. It is a conceit reinforced by instructors (both consciously and through ignorance) to try and maintain some sort of rigid fence within a system. It is much easier for us to say this is Karate, that is Aikido - than to be able to accept an understanding that all systems are simply an expression of the same basic philosophies of movement and ultimately self awareness and understanding. The boundaries are imposed by us. In a sense, understanding atemi within Aikido could be a pathway forward – a bridge to search for the similarities between Aikido and other martial arts. From this point of view, atemi could be the truest representation of harmony of all.

TAKÊ DOJO

O TAKÊ Dojo é um «Clube de Praticantes» reconhecido pelo Instituto do Desporto de Portugal I.P. e aí inscrito desde 31 de Março de 2008.

A sua via de Aikido é a do tradicional Iwama Ryu criado por Morihiro Saito segundo o ensinamento directo de O’Sensei Ueshiba, estando inscrito na AIR Academia de Aikido Iwama Ryu Portugal, e sendo o representante de Daniel Toutain Sensei e da Iwama Ryu International Academy em Portugal. O Kyusho Jitsu é integrado na Kyusho International de Evan Pantazi, encontrando-se inscrito na Federação Portuguesa de Jujutsu e Disciplinas Associadas no seio da qual também é treinado o Jujutsu e Aikijujutsu de Minoru Mochizuki. O Tai Chi Chuan é conduzido por uma aluna directa de Dr. Yang Jwing-Ming e Pascal Plée.


MEMBRO DA K.I.

MEMBRO DA K.I.
de EVAN PANTAZI

A QUINTA ZEN

A QUINTA ZEN
A QUINTA ZEN tem 10 hectares, situa-se apenas a 2 Km do centro histórico da cidade de Évora (Património Mundial da UNESCO), onde está situado o TAKÊ Dojo. As instalações, a piscina e toda a natureza envolvente, formam no seu conjunto um centro de artes marciais, onde se pratica Aikido, Kyusho, Ju Jutsu, Taijiquan e Meditação Zen.