No Systema não existem graus, nem cinturões.
Não há sequências encadeadas tais como katas, taos, poomse etc…
O que subsiste são aplicações de princípios repetidos, permitindo criar e recriar a ligação entre o corpo e o espírito.
Assim sendo nenhum movimento acaba por ser uma repetição,
mas sim algo alterado, reajustado, reinserido.
E o que revela esse elo entre o espírito e o corpo?
A atenção,
a respiração,
a relaxação
a fluidez.
Consinta ao movimento acontecer naturalmente,
em vez de procurar provocá-lo.
Em função da primeira reacção a um ou vários ataques,
deixe que o corpo escolha o caminho da menor resistência.
Aqui não se esconde o medo,
ele serve entre outros para aperfeiçoar a energia, para viver o momento presente.
O que acabou de ler é de fácil compreensão analítica, surge evidente a qualquer leigo em A.M., quase parecendo ser mais uma banalidade. Na teoria...
A diferença no Systema reside no facto de o sistema ser cada um de nós, com aquilo que sabemos e aquilo que somos obrigados a desaprender, com os defeitos e talentos, a capacidade em nos readaptar na prática a situações reais (ou muito próximas) de uma rixa sem regras.
Não há desculpas, nem níveis, nem batotices... a resposta a " e podemos fazer isto?" é: "E porque não? Se funcionar..." - deste modo quem ganha, ganha sempre justamente. Porque não há regras, todos têm as mesmas armas, mas também todos dão e levam pancada.
Ou seja: todos "levam", até os instrutores.
A humildade desenvolve-se na certeza em levar uns murros na face, rebaixando o nosso ego - diz António Guerreiro Lampreia, instructor de Systema a residir no Canadá e aluno de Vasiliev.
Quem vai à guerra, dá e leva.
Sem comentários:
Enviar um comentário