Quem estuda Artes Marciais recebe um e apenas um cinturão: o branco.
Observando o Sensei e os senpai, pensando com a cabeça e agindo em consequência com o corpo vamos treinando com insistência, labor e esse cinto vai-se usando, ficando creme, acastanhado, cinzento e por fim quase preto.
Ao atingirmos o estatuto dos cinturões negros, há muitos que descansam sobre a ilusão quando na realidade alguns percebem que é chegados a esse ponto, que o verdadeiro estudo se inicia.
Então baixam a cabeça e redobram o esforço no treino, compreendem que à reflexão mental se propõe a separação do corpo, e ao corpo de agir por si só. Na tentativa de separar o corpo do espírito aplicam-se mais ainda para continuar a aprender e sem repararem o seu cinturão preto vai se usando, desfazendo fio após fio, perdendo o negro ostentatório e recuperando os tons esbranquiçados.
No completar deste ciclo, do branco ao negro e do negro ao branco, reside a essência da Via.
ps- cuidado com as falsas humildades. O cinturão é a nossa alma, e não uma banda de tecido enrolada em torno do Hara.
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